O trajeto das notícias atrelada a técnica, fatos contados nos mínimos detalhes, explorando o tempo, espaço e o som.
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Créditos: Banco de imagens Wixsite
Jornalismo Literário a verdadeira união entre o texto jornalístico, literatura e arte, com o objetivo de reportar com mais profundidade, riqueza e aspecto os fatos, sem perder a postura ética do jornalista.
Imagine um texto humanizado que foge do padrão de notícia superficial, ditado pelo Lide que é a primeira parte de uma notícia. Geralmente o primeiro parágrafo posto em destaque, que fornece ao leitor informações básicas sobre um conteúdo.
Essa proposta de jornalismo, oferece uma nova vertente da notícia para o leitor, mostrando um ponto de vista pessoal, autoral, sobre a realidade que o jornalista apurou. Esse estilo teve início no começo do século XIX, na Europa.
Aqui no Brasil não há uma data definida para o início do jornalismo literário, alguns diligentes acreditam que o predecessor foi Euclides da Cunha, com sua obra “Os Sertões” embasada em reportagens publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo. Outros estudiosos dizem que a revista Realidade é a verdadeira realizadora do feito.
Já na década de sessenta, destaca-se o exercício investigativo de Truman Capote, considerado pioneiro no jornalismo literário e autor do livro-reportagem “A sangue Frio” que foi premiado pelo seu trabalho memorável, no que diz respeito a sua investigação e apuração de fatos, além da interação com os assassinos dos quatro membros da família Clutter, brutalmente assassinados em 1959 na cidade de Holcomb, no kansas, Estados Unidos.
A investigação chocou a sociedade da época, Capote entrevistou praticamente todos os moradores da cidade, inclusive os próprios assassinos, mostrando o ponto de vista dos vilões da história.
O que diferencia o jornalismo literário do jornalismo factual, é a forma como o autor e escritor conta a história, como ele apresenta os fatos, descrevendo detalhes que se assemelham aos livros de ficção, como particularidades sobre as pessoas, vestimentas, coloração da pele, cabelos e como está o tempo onde o fato ocorreu, dando uma conotação de história real.
É justamente a partir dessa perspectiva que esse jornalismo, é confundido com literatura, pois quebra algumas barreiras do velho jornalismo, trazendo o leitor para o acontecimento de uma maneira mais convidativa.
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