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Entenda como o marketing digital usa as datas comemorativas do calendário anual

Foto do escritor: Equipe ÁvidoEquipe Ávido

A humanização das ações corporativas: integração do marketing a causas sociais marcadas no calendário anual


O resgate de datas comemorativas por meio do marketing digital, em razão de acontecimentos históricos, é uma forma de inclusão social. Por esse motivo, engajar conteúdo de forma isolada e exclusivamente comercial distancia a missão da Ávido da voz pública, que grita cada vez mais alto por mudanças políticas.

Ser uma empresa é fazer política e agir com mecanismos de promoção inclusiva e justa: defesa de direitos humanos, produção ética, dentre outras formas de atuar sem desvios.


Quais dias do ano podem representar o nascimento de nossas causas?

Quais nos tornam especiais?

Aqueles que integram nossa identidade de alguma forma com pessoas que lutaram para que, hoje, pudéssemos defender essas causas livremente.


Representatividade é um termo que deve ser usado com cuidado, pois aderir causas, como buscamos fazer, não é tomar o lugar de quem sofre as mazelas da desigualdade racial, social, econômica e todas as outras que colaboram para a hierarquização das relações humanas e para a repercussão de estereótipos e preconceitos; pelo contrário, é conferir esse lugar aos oprimidos na sociedade, evidenciando condições análogas à exploração, discriminação, privação e, consequentemente, necessidades básicas não conferidas, por exemplo.


Não é difícil nos deparar com esses defeitos do convívio coletivo; cada marco histórico desumano serviu para criar uma fissura na munição que o respeito e a solidariedade representam para o bem das gerações. As inquisições, torturas, perseguições, invasões e as queimadas são casos retrógrados que exemplificam a violação de direitos humanos; podemos falar de outros mais contemporâneos, ou seja, que tiveram seus efeitos refletidos nas relações atuais ou ainda são verificados, mesmo que vindos de práticas muito antigas. Veja:


⤑ Censura

⤑ Violência - psicológica, física, sexual, social etc.

⤑ Exploração - infantil, trabalhista etc.

⤑ Discriminação - racial, sexista - de gênero

⤑ Intolerância religiosa

⤑ Violação de autoridade - obras, produtos etc.


E como faremos isso?

Como abordar tantas datas e contextualizá-las nas mídias atuais?


A iniciativa tem como foco planejar publicações de acordo com os dias específicos do calendário; eles são recursos de reaproximação memorial e a marca de que algo não pode ser esquecido, apesar de ter ficado para trás na história. Recorrendo a elementos simbólicos, como cores, bandeiras, monumentos, alimentos e objetos de uso individual (testemunhos materiais) - roupas, acessórios e o que mais a indústria trazer para seus consumidores como forma de materializar sentimentos - lutas, conquistas e/ou mortes são representadas e tornam-se parte da tradição nacional, da nossa tradição.

A culturalização das práticas mercantis é, nesse ponto, um conceito imprescindível para modelar os fins de um levantamento anual datado com dias Nacionais, Mundiais e Internacionais. Essa atitude significa unir espectadores com suas manifestações de ser.


Adquirindo cultura, as pessoas passam a depender do aprendizado e, por isso, é de extrema importância criar uma mídia consciente para ensinar e aprender com consciência, não a divulgar apenas.


São vários os meses de conscientização, na mesma proporção de suas causas. O empenho em relembrá-los provocará efeitos na informatização do público, desvalorizada por um marketing sem promoção de valores humanizados; essa defasagem é vigente quando o individualismo e a “impessoalidade” buscam distanciar seus propagadores dos problemas já mencionados.


Não nos distanciamos de cada movimento memorial e queremos colaborar na repercussão de fatos históricos.


Sua existência prevalece num espaço ideológico dedicado a comportar:

⤑ a história, o avanço no estudo, o combate, a prevenção e conscientização sobre patologias como câncer, deficiências, síndromes etc;

⤑ as(os) autoras(es) ou as causas de conflitos, como revoltas, revoluções, resistências e mortes de heroínas e heróis que enraizaram suas discordâncias no pensamento de gerações;

⤑ contextos gerais e globalizados, causas políticas, sociais e econômicas que encontram, de país para país, meios de ocorrência variadas.


Sendo assim, produzir um conteúdo adepto a defesas e práticas culturais, assim denominadas por um ciclo de valorização nacional que começou pequeno, mas terminou em dias próprios para serem lembrados, é uma forma de compreender esses contextos e construir valores individuais. Isso quer dizer que nós podemos aderir a muitas causas e, de alguma forma, colaborar na sociedade com humanidade e nos desenvolver como seres humanos; podemos nos inteirar sobre acontecimentos e como se perpetuam em nosso país através de casos comuns de violência física ou verbal nas ruas, no transporte público ou em espaços privados com focos em determinado gênero e faixa etária.


Você conhece os dados?


Um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública estima que 18,6 milhões de mulheres brasileiras foram vitimizadas por violência física, sexual e psicológica em 2022, “[...]o que equivale a um estádio de futebol com capacidade para 50 mil pessoas lotado todos os dias”;

no mesmo ano, a central de atendimento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) registrou 31.398 denúncias e 169.676 violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres.


Agora consegue enxergar com mais evidência?


Os dados comprovam o que não enxergamos. É aterrorizante nos depararmos com números tão altos que, às vezes, passam despercebidos por muitas pessoas em contextos não distantes, mas paralelos aos de outras. E por falar em paralelismo, não iremos deixar de lado os casos que comprometem também a integridade física e emocional, porém, a masculina dessa vez. De acordo com o conteúdo divulgado por Fernanda Tripode na revista eletrônica Consultor Jurídico (ConJur), em 2021, “Não há política pública para tratar do homem vítima de violência doméstica.” - ConJur - Tripode: O silêncio da sociedade na violência contra os homens.

Segundo a autora, alguns sentimentos são responsáveis pela hesitação dos homens em denunciarem abusos, ameaças, golpes, o uso de objetos pontiagudos e cortantes e até perseguições, como a vergonha, sensação de rebaixamento por ser submetido à posição de vítima, masculinidade ferida e deslocada do “papel social protetor e inabalável”, ou seja, sentimentos sexistas, os mesmos que desviam 47% dos brasileiros da realização do exame para detectar câncer de próstata - Quase metade dos homens não fez exame de próstata - Fundação do Câncer (cancer.org.br), além de falhas nos setores políticos em promover credibilidade para esse público.

⤑ Devemos refletir sobre atitudes não normais, mas normalizadas perante a habitualização delas e movimentarmos nosso senso para que ele alcance o lugar da(o) outra(o).


O que você talvez ainda não enxergue

Uma pesquisa sobre o racismo no Brasil feita pelo Atlas Político em 2020 constatou que 97,5% dos entrevistados da amostra disseram não ser racistas. Em contraposição, 77,9% dos assassinatos ocorridos em 2022 têm vítimas negras, de acordo com os dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública. - Aumentam casos de racismo no Brasil, mostra Anuário de Segurança Pública | CLAUDIA (abril.com.br).

⤑ Devemos rever nossos posicionamentos em relação a autodenominação de “racista” ou “não racista”, abrindo um espaço para autoanálise de palavras comumente ditas sem que suas origens sejam investigadas e o que de fato podem significar quando ouvidas por outra pessoa em condições ético-raciais diferentes das nossas.

⤑ Devemos nos sentir provocados pela inferiorização das pessoas com base em sua cor de pele e no que atrelamos a ela; devemos realçar nossas diferenças, e não evitá-las, de maneira a buscar nossas origens e valorizá-las nas ações políticas e sociais.


A quais complicações biológicas estamos sujeitos?

A estatística de mortes no Brasil por câncer já alcançou 280 mil óbitos anuais. Em 04 de fevereiro de 2021, no Dia Mundial do Câncer, a campanha “21 ações para 2021”, lançada pela Fundação Nacional do Câncer, incluiu: realização de exames periódicos, manutenção da atividade cerebral/física, diminuição do consumo de drogas e álcool, dentre outras medidas consideradas básicas e funcionais. - Dia Mundial do Câncer: Brasil registra 280 mil óbitos anuais | Radioagência Nacional (ebc.com.br)

Nesse ponto, é interessante abordarmos também medidas preventivas pertencentes a um ramo experimental, mas que demonstram efeitos medicinais. Com base em uma matéria divulgada pelo Jornal da USP em 2018, as emoções estão entre os mais importantes fatores de risco da doença e a psicoterapia surge como alternativa para não “[...] somatizar o problema [...]”.


Mas não só a psicoterapia; pequenas ações podem ajudar

Falamos de uma das medidas de humanização no atendimento em saúde.

⤑ Podemos participar de atividades assistidas por ONG’s - como a GAPC (Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer) -, de visitação ou arrecadação em/para instituições da saúde responsáveis por tratar e proporcionar o máximo de conforto e garantir a segurança de pacientes em situação completamente diferente da nossa, mas que tem muito mais em comum para falar de si mesmos como pessoas, sobretudo além de seu estado de saúde;

⤑ podemos auxiliar não na prevenção, mas numa possível recuperação mais amistosa e otimista, fazendo nossa parte como ouvintes, por exemplo, se assim for permitido pelas regras hospitalares.

A dica aqui é literalmente visitar instituições, junto com associações de assistência à saúde, para dialogar e conhecer outras histórias, talvez até reconhecendo a nossa e indo de encontro com o “Eu já passei por isso…” ou tornar comum essa condição biológica com o

“Poderia ser eu ali", considerando que o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo e os principais riscos para seu desenvolvimento são comportamentais e alimentares: alto índice de massa corporal, baixo consumo de frutas e vegetais, falta de atividade física e uso de álcool e tabaco.


Estamos falando de trocas!

⤑ Troca de informações - estatísticas, entrevistas, experiências… É o que estamos trazendo para você;

⤑ de posicionamento, da versão da história contada agora por quem passa pelo problema;

⤑ de espaço e de tempo, considerando um ambiente composto por crianças, jovens, adultos e idosos e a amplitude de faixa etária com a qual podemos ter contato ao explorá-lo.


Esses são só alguns dos exemplos estatisticamente comprovados que trouxemos para que você enxergue a dimensão de informações que, muitas vezes, não são fornecidas ou buscadas nem nos dias em que são homenageadas.


Podemos concluir muitas coisas…

Você provavelmente associou algumas situações cotidianas, vividas por si mesma(o) ou por outras pessoas, a essa leitura. De fato!

Esse texto abordou temáticas contemporâneas - tanto que foram parar em nosso calendário anual… -, mas de origem antiga, que se transformaram com diferentes análises teóricas e ganharam visibilidade legislativa e pública com muita luta.


Mas nós queremos concluir, junto com você, principalmente, que se não adotarmos essas e outras causas sociais, iremos comprimir o espaço que deve ser dedicado, internamente, a Pessoas, não a Negócios.

Paralelizar os papéis corporativos é essencial. O explícito e incontestável cenário abalado lá fora - externo a uma empresa - não deve ser ignorado.


Uma empresa, vários papéis.


Atrelando profissionalismo à Cultura, iremos colaborar com a difusão e releitura do por quê devemos relembrar…

Pois Culturalizar é lembrar-nos de que não importa o quanto divulguemos se não houver inclusão!



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